Bruno Teixeira de Souza, de 23 anos, faleceu após sofrer um mal súbito enquanto cumpria prisão preventiva no presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. O detento estava preso sob suspeita de envolvimento na execução de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, ocorrida em março deste ano.
O mal-estar aconteceu durante o banho de sol, no último dia 19 de maio. Bruno foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro da cidade, onde foi internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O óbito foi confirmado na terça-feira, dia 23.
Presídio não sabia de condição cardíaca do preso, diz direção
De acordo com o diretor interino do presídio Manoel Neri, Josimar Alves, Bruno foi socorrido inicialmente pelos próprios colegas de cela, que tentaram reanimá-lo até a chegada do atendimento médico. Segundo ele, a direção penitenciária não tinha conhecimento de qualquer problema cardíaco pré-existente.
O interno havia dado entrada na unidade no dia 13 de março, em razão das investigações relacionadas ao homicídio de João Vitor. Ele chegou a ser avaliado por um médico da penitenciária no dia 29 do mesmo mês, mas, na ocasião, não relatou nenhuma condição de saúde relevante. Foi somente após o mal súbito que a equipe tomou conhecimento de que ele usava uma válvula no coração, informação que não constava nos registros médicos iniciais.
Jovem foi executado e corpo encontrado no Rio Juruá
João Vitor da Silva Borges havia desaparecido no dia 8 de março, após sair de casa sem dizer para onde ia. Três dias depois, no dia 11, seu corpo foi encontrado no Rio Juruá, apresentando sinais de violência. As mãos estavam amarradas e havia perfurações de faca no rosto e no pescoço.
De acordo com o boletim de ocorrência, o jovem havia sido levado por um carro de aplicativo após ser chamado por uma amiga para conversar com outras pessoas. No decorrer das investigações, uma das envolvidas confessou à Polícia Civil que havia uma ordem para acabar com a vida de João Vitor, vinda de um integrante de facção criminosa.
Bruno Teixeira de Souza, que faleceu na última terça-feira, era um dos suspeitos de envolvimento na execução. Segundo a polícia, ele teria estado no mesmo local onde o crime foi cometido, o que o vinculava diretamente às investigações ainda em andamento.