O que é tanatofobia, condição que pode surgir após a maternidade e assombra milhares de mulheres

Fisioterapeuta relata experiência e viraliza nas redes sociais, gerando identificação em outras mães.

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O nascimento do filho Bento, em julho de 2024, marcou não só um momento de alegria para a fisioterapeuta Bárbara Albuquerque, de 27 anos, como também o início de um processo difícil: o enfrentamento da tanatofobia, medo intenso e irracional da morte. Moradora de Itapetininga (SP), ela compartilhou sua experiência nas redes sociais, onde o vídeo viralizou, ultrapassando 1 milhão de visualizações. “Depois que você se torna mãe, esse medo é desbloqueado”, escreveu ela na legenda.

Segundo Bárbara, o medo da morte sempre existiu, mas se intensificou após a maternidade. A repercussão do vídeo foi imediata, com outras mães relatando situações parecidas. Ela contou que passou a evitar notícias sobre morte, teve crises de choro e taquicardia ao ser exposta ao tema. Ao procurar ajuda, foi diagnosticada com tanatofobia e desde então está em acompanhamento psicológico.

Quando o medo se torna fobia

A tanatofobia é caracterizada por um medo desproporcional da morte, que afeta a rotina e a saúde emocional. Segundo especialista, embora seja normal temer a finitude, o problema ocorre quando o medo domina pensamentos, provoca sintomas físicos e impede o bem-estar. No caso de pais, o nascimento de um filho pode acentuar essa angústia, tornando-os mais conscientes da fragilidade da vida.

O especialista explica que esse medo exagerado pode gerar superproteção, afetando até o desenvolvimento infantil. Sintomas como sudorese, palpitações, pensamentos obsessivos e evitação de conversas sobre o tema são comuns. O diagnóstico da tanatofobia deve ser feito por psicólogo ou psiquiatra, com base no histórico do paciente e impacto na vida diária.

Como lidar com o medo da morte

O tratamento envolve psicoterapia, técnicas de respiração e relaxamento, além de psicoeducação sobre a morte. A exposição gradual a conteúdos sobre o tema, sempre acompanhada de um profissional, também é indicada. Para Bárbara, compartilhar sua experiência ajudou a buscar ajuda — e a acolher outras mães que sofrem em silêncio.