Paulo Cupertino recebe condenação de 98 anos pela morte de Rafael Miguel e seus pais; ele não ouviu a sentença

O ator e seus pais foram assassinado por Cupertino em 9 de junho de 2019.

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Após dois dias de julgamento, Paulo Cupertino Matias foi sentenciado a 98 anos de prisão em regime fechado pela morte do ator Rafael Miguel e dos pais dele, João Alcisio Miguel e Miriam Selma da Silva. A decisão do Tribunal do Júri foi anunciada na última sexta-feira (30), com base na maioria dos votos dos sete jurados — quatro homens e três mulheres. Dois outros acusados de envolvimento no crime foram absolvidos.

O caso, ocorrido em 9 de junho de 2019, chocou o país. Rafael, conhecido por seu papel em Chiquititas, havia ido à casa da então namorada, Isabela Tibcherani, filha de Cupertino, acompanhado dos pais. Ao chegarem ao local, os três foram assassinados com pelo menos 13 disparos de arma de fogo. Conforme apontou o Ministério Público, o crime teria sido motivado pela insatisfação do réu com o relacionamento da filha com o jovem ator, com quem mantinha uma relação de controle e possessividade.

Paulo Cupertino não ouviu sentença proferida pelo juiz

Durante o julgamento, que teve início no dia 29 de maio, Cupertino respondeu apenas às perguntas de sua defesa. Ele se recusou a dialogar com os representantes do Ministério Público.

O juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 1ª Vara do Júri da Capital, leu a sentença sem a presença do réu, destacando como agravantes o fato de o crime ter ocorrido diante da filha e a posterior fuga de Cupertino. Após o triplo homicídio, ele permaneceu foragido por quase três anos, sendo capturado apenas em 2022. Mesmo negando a autoria, continuará preso e cumprirá a pena imposta.

Condenado negou ser responsável pelo crime

Em seu depoimento, Paulo Cupertino negou qualquer envolvimento e afirmou desconhecer as vítimas. Afirmou não ter tido contato com Rafael, nem saber sobre o namoro da filha. “Eu nunca na minha vida, tive conhecimento do Rafael, da senhora Miriam ou do senhor João, digo alto para quem quiser ouvir“, disse o réu.