Silvio Ferreira das Neves, pai de Ana Luiza, adolescente de 17 anos que morreu após ingerir um bolo envenenado em Itapecerica da Serra (SP), desabafou sobre o comportamento da jovem que confessou o crime.
Segundo ele, a suspeita, também de 17 anos, era colega da filha e chegou a dormir na casa da família, mesmo após ter entregado o doce que provocaria a tragédia. “Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou”, declarou.
Ana Luiza comeu bolo de pote, passou mal e morreu
Ana Luiza passou mal após comer o bolo de pote que recebeu junto a um bilhete misterioso. Ela chegou a procurar atendimento médico e voltou para casa, mas no dia seguinte, desmaiou no banheiro e não resistiu. O pai afirmou que a adolescente suspeita testemunhou toda a situação, mas manteve a frieza mesmo diante do agravamento do estado de saúde da amiga.
As investigações apontam uma possível intoxicação alimentar, mas o laudo toxicológico é que confirmará se havia veneno no alimento. A jovem que confessou o crime foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa, após pedido da polícia e decisão da Justiça. Durante a apuração, descobriu-se que essa não foi a primeira tentativa da adolescente.
Adolescente apreendida fez outra vítima
No dia 15 de maio, a adolescente apreendida enviou outro bolo semelhante a uma jovem que também passou mal e precisou ser internada, mas sobreviveu. A recorrência do crime chamou a atenção dos investigadores, que conseguiram rastrear o motoboy responsável pela entrega e, assim, localizar a autora. Com a repercussão da morte de Ana Luiza, a família da primeira vítima procurou a polícia.