A edição de 2024 dos Jogos Olímpicos de Paris foi marcada por um episódio controverso no boxe feminino. Um exame realizado por autoridades esportivas internacionais confirmou que a medalhista de ouro na categoria até 75 kg, Imane Khelif, é biologicamente do sexo masculino.
A confirmação foi feita após uma denúncia formal sobre a atleta vencedora, que compete como mulher, mas apresentou características físicas incompatíveis com as demais competidoras. Segundo fontes ligadas ao Comitê Olímpico Internacional (COI), os exames demonstraram que a atleta possui cromossomos XY, além de níveis de testosterona significativamente mais elevados que a média das atletas do sexo feminino.
Imane segue como campeã reconhecida pelo COI
O caso reacendeu o debate sobre a participação de atletas transgênero em competições femininas. Muitas atletas adversárias manifestaram indignação com a situação, alegando que houve desigualdade física evidente durante os combates.
Para entidades ligadas ao esporte feminino, o episódio representa um retrocesso na busca por equidade entre as competidoras. Imane Khelif segue reconhecida como campeã olímpica até nova deliberação do COI. Internamente, porém, discute-se a possibilidade de revisão do resultado e até a redistribuição da medalha de ouro, caso seja comprovada violação das regras de elegibilidade esportiva.
COI não se manifestou
O Comitê Olímpico ainda não se pronunciou oficialmente sobre eventuais mudanças nas diretrizes de participação de atletas trans em modalidades femininas. No entanto, a polêmica deve acelerar novas discussões entre confederações internacionais, principalmente diante da crescente pressão de atletas, médicos e especialistas em ciência do esporte por critérios mais objetivos e transparentes.