A Polícia Civil de São Paulo reforçou, nesta semana, que considera “improvável” a hipótese de acidente no caso do empresário Adalberto dos Santos, encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital.
A declaração foi feita pela delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e responsável pelas investigações. Ela também descartou a possibilidade de latrocínio, já que todos os pertences da vítima foram encontrados junto ao corpo — incluindo celular, documentos, dinheiro, cartões bancários, aliança e chaves do carro.
Delegada sobre linha de investigaçação adotada
A delegada disse que ainda não foram encontradas as calças e os sapatos de Adalberto dos Santos, indicando que a forma como o corpo foi deixado pode ter sido intencional, com objetivo de causar constrangimento.
“Pode ser uma tentativa de colocá-lo em uma situação vexatória”, disse Ivalda Aleixo. Outra circunstância que chamou a atenção dos investigadores é a ausência de qualquer tipo de lesão no corpo. Isso vem intrigando as autoridades responsáveis, uma vez que não há marcas de defesa ou briga.
Sobre a morte de Adalberto dos Santos no Autódromo de Interlagos
O corpo de Adalberto dos Santos foi localizado na terça-feira (03/06), quatro dias após o desaparecimento do empresário, registrado após sua participação em um evento de experiências com motos, realizado no Autódromo de Interlagos.
A vítima foi achada em uma escavação de aproximadamente três metros de profundidade, em uma área de obras sinalizada e cercada por tapumes e barreiras de concreto. De acordo com familiares, o último contato com Adalberto com a esposa ocorreu na noite de sexta-feira (30), quando informou que seguiria até o estacionamento para buscar o carro, mas desde então não foi mais visto.