Uma perícia no celular de Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, empresário de 35 anos encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, revelou detalhes cruciais sobre o intervalo em que ele teria desaparecido. Segundo a Polícia Civil, a última comunicação foi feita às 19h48, quando ele avisou à esposa que estava deixando o evento.
Às 21h12, ela tentou retornar a mensagem, mas sem sucesso. Isso indica que o aparelho já estava desligado naquele momento. A polícia chegou à conclusão de que o crime ocorreu nesse intervalo.
Manchas de sangue no carro do empresário reforçam mistério
Adalberto desapareceu na noite de 30 de maio, após comparecer sozinho a um festival no autódromo. Foi visto pela última vez ao lado de um amigo, com quem teria consumido bebida alcoólica e maconha. Às 20h30, ele enviou uma última mensagem à esposa, informando que voltaria ao carro. No entanto, câmeras de segurança não registraram sua movimentação em direção ao estacionamento.
Durante nova perícia no veículo do empresário, especialistas do Instituto de Criminalística localizaram sangue humano em ao menos quatro pontos. O material será submetido a exames genéticos para determinar se pertence à vítima. A descoberta amplia as suspeitas de que Adalberto possa ter sido agredido antes de desaparecer.
Laudos do IML podem trazer respostas sobre causa da morte
O Instituto Médico Legal ainda aguarda os resultados dos exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais — esses últimos fundamentais para detectar eventuais sinais de defesa corporal. Enquanto isso, a polícia continua ouvindo testemunhas e analisando imagens de segurança para esclarecer como o empresário, conhecido por sua atuação no ramo óptico e seu envolvimento em causas sociais, teve um fim tão trágico.