A Polícia Civil de São Paulo identificou vestígios de sangue no carro de Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, empresário encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos. O corpo foi localizado no dia 3 de junho, quatro dias após o desaparecimento.
Peritos do Instituto de Criminalística detectaram manchas em quatro áreas do veículo, incluindo o banco traseiro, o assoalho e as laterais. Testes preliminares confirmaram que o sangue é humano, mas ainda não se sabe se pertence à vítima. Um exame genético foi solicitado para confronto com o DNA de Adalberto.
Perícia realizada em celular de empresário
Paralelamente, uma análise no celular do empresário revelou que ele se despediu da esposa às 19h48, afirmando que deixaria o evento. A resposta da companheira, enviada às 21h12, não foi recebida, indicando que o aparelho já estava desligado. Para os investigadores, esse intervalo representa a janela crítica em que o desaparecimento pode ter ocorrido.
O Instituto Médico Legal também aguarda os resultados dos exames toxicológico, anatomopatológico e subungueal. Este último pode indicar se houve reação defensiva antes da morte, analisando resíduos sob as unhas da vítima. Sobre as escoriações encontradas no corpo, os peritos aguardam confirmação laboratorial para saber se ocorreram em vida ou já após o falecimento.
Nova calça encontrada pode ser peça-chave nas investigações
Na última quinta-feira (5), garis encontraram uma calça nas proximidades do autódromo, que pode ter pertencido ao empresário. A peça será submetida à perícia para possível identificação. Um dia antes, outra calça já havia sido localizada, mas foi descartada após não ser reconhecida pelos familiares. As roupas de Adalberto ainda são peças centrais para a reconstituição dos fatos. Caso a perícia encontre vestígios biológicos na peça, a polícia pode ficar próxima de elucidar o caso.