A investigação sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior ganhou um novo rumo. A Polícia Civil de São Paulo agora apura se uma briga com um segurança pode ter levado à morte do empresário, encontrado dentro de um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, quatro dias após desaparecer durante um evento de motociclistas.
Representantes da empresa responsável pela organização do encontro foram ouvidos nesta segunda-feira (9) no Departamento de Homicídios. Eles entregaram detalhes sobre a estrutura do evento, como a divisão dos setores e o número de seguranças atuando no local. Na saída da delegacia, preferiram não falar com a imprensa.
Nova linha de investigação
Segundo a polícia, há indícios de que Adalberto tenha se envolvido em uma confusão com um dos vigilantes após consumir bebida alcoólica e maconha. A suspeita ganhou força com os relatos e será aprofundada nos próximos dias. Os seguranças que trabalharam no evento começam a ser ouvidos a partir desta terça-feira (10).
Um ponto que chamou atenção dos investigadores foi a ausência de câmeras no local onde o corpo foi encontrado. O autódromo possui dezenas de equipamentos de monitoramento, mas a área da obra não estava coberta. A polícia investiga se alguma câmera foi removida após o crime.
Laudo e vestígios podem esclarecer o caso
O laudo do Instituto Médico Legal deve confirmar a causa da morte. A principal hipótese é de compressão torácica, sem sinais de agressão externa. A polícia também analisa vestígios de sangue encontrados no carro do empresário, que podem indicar se ele foi ferido antes de ser levado ao local onde foi encontrado.