Condenação chega para médico: enfermeiras foram chave para revelar abusos no centro cirúrgico

Profissionais desconfiaram da conduta do anestesista e foram essenciais para revelar os crimes e garantir a condenação

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A condenação do anestesista Giovanni Quintella Bezerra a 30 anos de prisão por estupro de vulnerável só foi possível graças à ação decisiva de enfermeiras do Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense. Em 2022, elas perceberam um comportamento estranho do médico durante os partos e decidiram agir.

Desconfiadas da quantidade de sedativos aplicada nas pacientes, as profissionais instalaram uma câmera escondida dentro de um armário no centro cirúrgico. A gravação revelou o momento em que o anestesista abusava de uma mulher sedada, logo após o nascimento do bebê e a saída da equipe de apoio da sala.

Equipe de saúde foi essencial para denúncia

A atitude das enfermeiras foi considerada fundamental pela Polícia Civil e pelo Ministério Público para a investigação e prisão em flagrante do médico. A gravação serviu como prova central no processo, que também identificou outras vítimas. Uma delas relatou que o anestesista usou um nome falso e que não se lembra de nada do parto, apenas da dor emocional deixada pelo episódio.

A Justiça do Rio de Janeiro condenou Giovanni Quintella Bezerra a 30 anos de prisão em regime fechado e determinou o pagamento de R$ 50 mil de indenização por danos morais a cada vítima. A sentença reconheceu o abuso de confiança e a vulnerabilidade das pacientes como agravantes.

Reconhecimento à vigilância e ética profissional

O caso reforça a importância da vigilância dentro dos hospitais e do compromisso ético dos profissionais da saúde. A coragem das enfermeiras não apenas impediu novos crimes, como também garantiu justiça para as vítimas. Agora, o anestesista enfrenta as consequências de seus atos, em uma condenação considerada merecida diante da gravidade dos abusos cometidos.