Nesta segunda-feira (9), organizadores do evento de motoclicismo que aconteceu no Autódromo de Interlagos no fim de maio prestaram depoimento à polícia após a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, cujo corpo foi encontrado quatro dias depois.
Os organizadores entregaram dados sobre a estrutura do evento, o número de seguranças envolvidos e a divisão dos setores. Essas informações ajudarão os investigadores a mapear quem estava em cada ponto do autódromo no momento da ocorrência. Os organizadores optaram por não comentar o caso com a imprensa.
Corpo foi encontrado dias depois do desaparecimento
O corpo do empresário foi encontrado em condições que levantaram dúvidas: ele estava sem calça e sem os calçados, em um buraco apertado. Não havia sinais evidentes de violência, mas peritos suspeitam que ele tenha sofrido compressão torácica. Um ponto que reforça essa linha é o fato de ele possivelmente ter sido colocado ali ainda vivo, mas desacordado.
Imagens de câmeras de segurança seriam cruciais, mas não há registros do local exato onde o corpo foi deixado. A suspeita é de que a câmera que cobria aquele ponto tenha sido removida após o crime. Isso levou a polícia a considerar a hipótese de omissão ou acobertamento por parte de alguém que atuava na segurança do evento.
Carro do empresário
Um dos organizadores do evento confirmou que o carro do empresário não ficou em local oficial do evento, dentro do Autódromo de Interlagos, mas no kartódromo. Neste local, não havia câmeras de segurança. A partir desta terça-feira (10), os seguranças começam a ser ouvidos oficialmente.
O laudo do Instituto Médico Legal, ainda pendente, será essencial para confirmar a causa da morte e ajudar a definir se houve homicídio doloso. Enquanto isso, vestígios de sangue no veículo da vítima continuam em análise, o que pode trazer mais pistas sobre os últimos momentos de Adalberto.