O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença na sessão ampliada da cúpula do G7, marcada para o próximo dia 17, em Kananaskis, no Canadá. O convite partiu do anfitrião do evento, o primeiro-ministro canadense Mark Carney. Apesar do Brasil não integrar o grupo formado por EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, Lula tem sido presença constante desde que reassumiu a Presidência em 2023.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Lula pretende contribuir com debates sobre segurança energética, minerais críticos, inovação, financiamento e Inteligência Artificial. A participação do Brasil tem sido vista como estratégica em fóruns globais, dada sua relevância econômica e diplomática.
Zelensky pede reunião com Lula em meio a tensão diplomática
De acordo com apuração da Globonews, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitou um encontro com Lula durante o G7. Os dois já se encontraram anteriormente em Nova York e mantiveram contato telefônico, mas a relação esfriou após Lula afirmar que, se Zelensky fosse “esperto”, buscaria uma solução diplomática para o conflito com a Rússia.
Essas falas geraram críticas internacionais, embora o governo brasileiro mantenha a defesa por uma saída negociada. No mês passado, o chanceler Mauro Vieira conversou com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, reiterando que o Brasil apoia um diálogo direto entre Zelensky e Vladimir Putin.
Brasil reforça posição neutra no conflito Rússia-Ucrânia
Apesar das pressões, o Brasil segue afirmando que não tomará lados e defende o cessar-fogo por meio de negociação. A possibilidade de um encontro entre Lula e Zelensky durante o G7 pode marcar um novo capítulo na relação bilateral e testar os limites da diplomacia brasileira frente à guerra no Leste Europeu.
