A investigação sobre a morte do empresário Adalberto dos Santos segue cercada de dúvidas e inconsistências. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, há falhas e lacunas importantes no depoimento de Rafael Aliste, amigo que acompanhava o homem de 35 anos no dia de seu desaparecimento no Autódromo de Interlagos.
A informação foi confirmada pela delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista à CNN Brasil. Ela falou sobre um detalhe no depoimento de Rafael que poucos haviam notado.
Delegada sobre declaração feita pelo amigo do empresário
“Rafael tem muita coisa pra contar”, iniciou a delegada, indicando que ele deverá prestar um novo depoimento ainda esta semana para esclarecer pontos pendentes. O amigo do empresário afirmou em seu depoimento que os dois consumiram cerca de oito copos de cerveja e também fumaram maconha fornecida por desconhecidos durante o evento.
A delegada questionou a coerência do relato, destacando que os efeitos descritos são atípicos. “Rafael disse que Adalberto ficou muito nervoso, ansioso, agitado, muito eufórico. É curioso, pois a maconha e a bebida são depressores”, pontuou Ivalda Aleixo.
Sobre a morte de Adalberto dos Santos em Interlagos
Adalberto dos Santos desapareceu na sexta-feira, 30 de maio, após participar de um evento de motocicletas no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista. A última mensagem enviada por ele à esposa foi registrada às 19h40.
Já Rafael declarou que viu o amigo pela última vez por volta das 21h15, quando, segundo ele, Adalberto teria saído para buscar o carro no estacionamento. O corpo do empresário foi encontrado no dia 3 de junho, em um buraco de uma obra dentro do autódromo.
Além de Rafael, a polícia ouviu nesta quarta-feira (11) a esposa da vítima pela segunda vez. Sete seguranças que trabalharam no evento também já prestaram depoimento, e outros ainda serão ouvidos nos próximos dias.
