Um relatório inicial elaborado pelo Instituto Médico Legal indica que Adalberto Amarilio Junior, encontrado morto após um evento de motociclistas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, faleceu por asfixia. A análise, à qual o SBT Brasil teve acesso, também aponta que o empresário não ingeriu bebidas alcoólicas nem utilizou substâncias ilícitas no dia do evento. Embora o exame de urina ainda não tenha sido finalizado, o resultado contraria o depoimento de Rafael Albertino Aliste, amigo que acompanhava Adalberto naquela noite.
Rafael declarou que ambos teriam consumido oito copos de cerveja e fumado maconha, versão colocada em dúvida pelos peritos. Ele foi ouvido durante horas nesta quinta-feira (12) no Departamento de Homicídios e também passou por uma técnica de perfilamento criminal. Segundo os investigadores, o amigo não revelou tudo o que sabe sobre os momentos que antecederam o desaparecimento do empresário, no dia 30 de maio.
Depoimento contraditório e reconstituição do percurso levantam suspeitas
Os agentes afirmam que Rafael apenas repetiu a versão apresentada anteriormente, quando ainda se acreditava que Adalberto estivesse desaparecido. O empresário foi encontrado sem calça e sem sapatos, dentro de um buraco em uma área em obras no autódromo. Ele havia mandado uma mensagem para a esposa informando que seguiria para casa, mas nunca chegou.
Investigadores refizeram o trajeto percorrido por Adalberto, desde o estacionamento irregular onde o carro foi deixado até o local do evento. No caminho, ele teria passado por cercas e barreiras. A principal suspeita é de que seguranças possam tê-lo abordado nesse trecho. Esses profissionais devem prestar depoimento nos próximos dias.
Polícia amplia investigação e analisa vida pessoal da vítima
Além da reconstituição dos últimos passos de Adalberto, os policiais também estão apurando aspectos de sua vida pessoal e possíveis conflitos que possam ter motivado o crime.
