A Polícia Civil de São Paulo segue empenhada em esclarecer a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, cujo corpo foi encontrado dentro de um buraco em uma área de obras no Autódromo de Interlagos. O caso, investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aguarda a conclusão de laudos periciais que devem indicar a causa da morte e se houve envolvimento de terceiros.
A Secretaria da Segurança Pública trouxe a informação de que o Instituto Médico Legal e o Instituto de Criminalística ainda finalizam os laudos médicos e técnicos. A expectativa é que os primeiros resultados, como o exame toxicológico, sejam incorporados à investigação já nesta segunda-feira (16). O laudo necroscópico, que examina lesões internas e órgãos como pulmão, fígado e coração, também foi solicitado.
Polícia refez percurso de empresário
Os investigadores traçaram o possível percurso feito por Adalberto no dia do ocorrido. Ele chegou ao autódromo por volta das 14h30, assistiu às atividades de moto até às 17h e, mais tarde, a um show musical. Às 21h15, despediu-se dizendo que iria jantar com a esposa. O empresário teria optado por cortar caminho por uma área interditada, onde pode ter ocorrido um conflito com seguranças.
Para compreender a dinâmica do ocorrido, a polícia tem usado croquis e reconstruções. A principal linha de apuração é que o empresário tenha sido abordado por invadir uma área restrita, o que pode ter desencadeado um desentendimento. Os laudos poderão indicar se ele foi agredido, estava sob efeito de substâncias ou em condição de se defender.
Perfil de Adalberto Junior
Apaixonado por esportes, Adalberto era dono de óticas na Grande São Paulo, pilotava motos e já havia conquistado títulos em campeonatos de kart. De acordo com a família, o empresário não possuia inimigos e nem vinha sendo ameaçado.