Caso Adalberto: investigação massiva em Interlagos abrange seguranças, vendedores e público de megafesta

Com 20 mil pessoas sob investigação, polícia enfrenta desafio colossal para desvendar assassinato após evento de grande porte.

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A Polícia Civil de São Paulo está investigando a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos. O corpo de Santos Junior foi descoberto em um buraco no Autódromo de Interlagos, logo após ele ter comparecido a um evento de grande porte no local.

As autoridades tratam o caso como um possível homicídio e estão apurando a conduta de aproximadamente 20 mil indivíduos que estiveram presentes no evento, o que inclui seguranças, participantes, equipe de limpeza e vendedores. A amplitude da investigação tem dificultado significativamente o processo de esclarecimento dos fatos.

Relembre o caso Adalberto

O corpo de Junior foi encontrado em 3 de junho, desprovido de calças e tênis, e com um capacete cobrindo sua cabeça. A perícia indicou que a causa da morte foi asfixia, sugerindo que ele pode ter sido vítima de um golpe conhecido como ‘mata-leão’, que provoca sufocamento. A polícia considera a possibilidade de que ele tenha sido jogado no buraco enquanto ainda estava vivo.

A esposa da vítima, Fernanda Dândalo, busca esclarecimentos sobre como seu marido deixou o evento e foi assassinado no estacionamento, especialmente considerando que nenhum de seus pertences foi roubado. A ausência de câmeras de segurança no local tem sido um obstáculo para a investigação, que agora aguarda os resultados de exames periciais em vestígios encontrados sob as unhas de Junior e em amostras de sangue localizadas em seu veículo.

Empresário estava com o amigo antes da tragédia

Junior estava no evento acompanhado de Rafael Albertino Aliste. Embora relatos iniciais sugerissem que ambos teriam consumido cerveja e maconha, o exame toxicológico realizado no corpo do empresário não detectou a presença de álcool ou drogas, possivelmente devido à metabolização das substâncias pelo organismo ao longo do tempo.

A polícia confirmou que Junior ingeriu quatro copos de cerveja. Rafael não é considerado suspeito no caso, e a hipótese de que Junior tenha tido relações sexuais antes de sua morte foi descartada.