A Polícia Civil de São Paulo esclareceu, em coletiva nesta quarta-feira (18), um dos pontos que mais causava dúvida no caso do empresário Adalberto Amarilio Júnior. Após a divulgação dos laudos periciais, o delegado Rogério Thomaz confirmou que, apesar do resultado negativo no exame toxicológico, há certeza de que a vítima ingeriu bebida alcoólica no dia do desaparecimento.
“A gente sabe que ele consumiu bebida alcoólica, mas a gente não tem o horário exato que ele consumiu”, afirmou o delegado. O comentário foi feito após questionamentos sobre o contraste entre os relatos de testemunhas, que disseram que Adalberto bebeu no evento, e o laudo toxicológico que não detectou álcool no organismo. Segundo Thomaz, a substância pode ter sido metabolizada antes da morte.
Empresário morreu por asfixia
O exame pericial também apontou que o empresário sofreu asfixia, possivelmente por meio de pressão no pescoço ou no tórax. A presença de lesões discretas na região cervical levantou a hipótese de uso de um golpe do tipo mata-leão. O cenário reforça a linha de investigação de homicídio e descarta a possibilidade de morte acidental.
Adalberto foi encontrado em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, zona sul da capital, após desaparecer durante um evento de motociclistas realizado no dia 30 de maio. A perícia não apontou se ele já estava sem vida quando o corpo foi colocado no buraco.
Momento da morte ainda é dúvida
Embora não se saiba exatamente quando a morte ocorreu. A condição do local sugere que a vítima foi colocada ali após já ter sido imobilizada ou morta. As investigações continuam sob responsabilidade do DHPP. O inquérito corre agora em sigilo judicial e a polícia segue ouvindo testemunhas e realizando exames complementares para esclarecer todos os detalhes do caso.
