Governo da Indonésia emitiu comunicado para criação de protocolo de resgate em trilha onde brasileira morreu

Juliana Marins foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24) depois de ter desaparecido no sábado (21).

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O governo da Indonésia já havia emitido um alerta em março deste ano sobre a necessidade de criar um protocolo específico para resgates no Parque Nacional do Monte Rinjani — local onde a brasileira Juliana Marins morreu após cair em um penhasco durante uma trilha.

O parecer oficial defendia a implementação urgente de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para buscas, resgates e evacuações em áreas de difícil acesso. A medida foi motivada pelo aumento expressivo no número de incidentes envolvendo visitantes da unidade de conservação nos últimos anos.

Entre 2020 e 2024, foram registrados 180 acidentes no parque, incluindo quedas e outros episódios que exigiram resgate. O número de ocorrências saltou de 21 casos em 2020 para 60 em 2024, quase o triplo, segundo relatório oficial do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani.

Documento do governo apontava para a urgência

O documento apontava a urgência de criação de um protocolo de segurança para garantir mais proteção aos turistas, operadores do setor e às equipes envolvidas nas operações de resgate. O aumento na visitação desde o fim da pandemia foi destacado como um dos fatores que ampliaram os riscos. A ausência de um procedimento padronizado teria dificultado o resgate da brasileira, que ficou presa em um penhasco por dias.

Acidente com a brasileira

Juliana Marins caiu no sábado (21), durante uma trilha em grupo. Segundo a família, ela se separou temporariamente dos demais e acabou escorregando por uma encosta até ficar cerca de 650 metros abaixo da trilha. As condições climáticas, o terreno instável e a falta de estrutura adequada dificultaram os esforços de resgate, que só chegaram até o local na terça-feira (24), quando seu óbito foi confirmado.