Brasileira que morreu no vulcão não conseguiu realizar a promessa que fez para amiga

Juliana Marins ficou por dias à espera do resgate, mas quando a encontraram já estava sem vida.

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A comoção causada pela morte de Juliana Marins mobilizou internautas e despertou reflexões sobre segurança em trilhas internacionais. A jovem publicitária de 26 anos foi encontrada morta nesta terça-feira, 24 de junho, após quatro dias desaparecida no Monte Rinjani, na Indonésia.

Juliana participava de uma trilha quando decidiu descansar e acabou escorregando, caindo de uma altura de aproximadamente 300 metros. A família afirma que ela foi deixada para trás pelo guia responsável, o que levantou sérias críticas sobre o acompanhamento de turistas na região.

A dor da perda ganhou ainda mais visibilidade quando uma antiga troca de mensagens entre ela e uma amiga voltou a circular. A publicação, feita há semanas, comoveu os internautas com frases carregadas de afeto e saudade.

Comentário antigo emociona internautas

A interação nas redes sociais envolvia uma amiga que se declarou antes da viagem de Juliana. Ela havia escrito: “Deusa da minha vida. Não tô pronta para existir sem você por perto”. Na ocasião, Juliana respondeu de forma leve e animada, dizendo: “Amiga, para! Você vai piscar e eu já tô de volta”.

Após a tragédia, a mesma amiga voltou ao post e escreveu: “Já acabei de piscar, amiga. Volta pra mim, volta?”. O print da conversa viralizou e foi replicado em várias páginas, alimentando o luto coletivo da internet. Milhares de pessoas passaram a comentar com palavras de apoio e homenagens à jovem.

Negligência no resgate é investigada

Segundo familiares, Juliana foi deixada sozinha por mais de uma hora após pedir para descansar. Informações de moradores e funcionários do parque revelaram que o guia do grupo seguiu sem esperar por ela.

O acidente ocorreu por volta das 4h da manhã de sábado, horário local, enquanto no Brasil ainda era sexta-feira à tarde. Mesmo tendo sido localizada por drones no mesmo dia, o acesso ao local era extremamente difícil, o que atrasou o socorro. Juliana teria permanecido viva por horas, imobilizada, aguardando ajuda que demorou a chegar e ela veio a óbito.