TV exibe imagens de Juliana Marins morta no vulcão e revolta os brasileiros

A jovem brasileira ficou dias à espera do resgate e quando chegaram até ela já era tarde demais.

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A BBC Indonésia causou revolta nas redes sociais após publicar imagens do corpo de Juliana Marins, brasileira morta em uma trilha no Monte Rinjani. A postagem foi feita no Instagram da emissora, logo após a confirmação do falecimento da jovem publicitária.

O conteúdo mostrava não só o local do acidente como também registros do corpo da vítima, o que foi considerado desrespeitoso por muitos usuários. Diante da repercussão negativa, a publicação foi apagada e substituída por outra, sem as imagens.

A emissora também divulgou um pedido oficial de desculpas, reconhecendo que o vídeo anterior mostrava o estado de saúde da vítima. A situação reacendeu o debate sobre ética no jornalismo e respeito à dignidade das vítimas e das famílias.

Versões diferentes sobre o abandono

Juliana realizava a trilha com outros seis turistas e dois guias, na madrugada de sábado (21), horário local. Segundo a família, a brasileira foi abandonada por todos quando decidiu parar para descansar.

A irmã dela, Mariana Marins, afirmou ao Fantástico que o guia responsável não ficou ao lado da jovem, mesmo diante do cansaço relatado por ela. Mariana disse ter recebido essas informações de funcionários do próprio parque.

Depoimento do guia e últimos momentos

O guia Ali Musthofa deu uma versão diferente ao jornal O Globo, dizendo que pediu a Juliana que descansasse e combinou reencontro mais à frente. Ele afirma que estava a apenas três minutos de distância quando percebeu que algo estava errado.

Segundo o guia, Juliana entrou em desespero ao notar que estava sozinha e caiu em um barranco. A queda foi de aproximadamente 650 metros, mais alta que o próprio Cristo Redentor, e a última imagem dela com vida foi registrada por um drone de turistas.