Piloto e dono de empresa são indiciados por homicídio após acidente de balão com vítima fatal em SP

Balão levava 35 passageiros e caiu em Capela do Alto (SP) matando uma turista.

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A Polícia Civil indiciou o piloto Fábio Salvador Pereira e o empresário Miguel Antônio Bruder Leiva por homicídio culposo, após o acidente com balão que matou uma turista em Capela do Alto (SP). A aeronave decolou de Boituva com 35 pessoas a bordo e caiu em uma área rural, provocando a morte de Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos.

O piloto está preso preventivamente, o que acelerou o prazo para a conclusão do inquérito policial. Já o empresário, responsável pela Aventurar Balonismo, não compareceu aos depoimentos mesmo após ser intimado duas vezes, segundo o delegado responsável, Luís Rafael Souza Campos.

Investigações do acidente

As investigações indicaram que a empresa não possuía autorização para voos comerciais, apenas para atividades privadas. No depoimento prestado, o piloto alegou que uma rajada de vento causou a instabilidade, levando à queda do balão, que colidiu duas vezes com o solo antes de parar definitivamente.

Testemunhas contaram que as colisões provocaram a queda de alguns passageiros. Juliana, que comemorava o Dia dos Namorados com o marido, não resistiu. Os demais feridos foram levados ao hospital e já receberam alta. A tragédia reacendeu o debate sobre a regulação e fiscalização do setor de balonismo no Brasil.

Inquérito vai para o MP

O inquérito agora será analisado pelo Ministério Público, que pode apresentar denúncia à Justiça, pedir o arquivamento ou solicitar novas diligências. Enquanto isso, autoridades locais e associações de balonismo discutem medidas para reforçar a segurança das operações na região de Boituva.