A jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos foi encontrada morta no Monte Rinjani, na terça-feira (24). A causa exata do óbito ainda não foi divulgada, mas relatos indicam que a privação de água, alimentação e exposição a condições extremas teriam sido fatores determinantes.
Juliana não teve acesso a comida nem água durante todo o período. Em condições normais, os humanos podem viver semanas sem alimento, mas a falta de líquido já pode ser fatal entre 2 a 4 dias. Isso fez com que ela sofresse desidratação aguda, semelhante ao caso de cientistas que ficaram quatro dias sem água durante um experimnto em 1994.
Riscos em situação extrema
Além disso, o jejum prolongado pode ter gerado hipoglicemia e falência múltipla de órgãos. O organismo entra em estado de cetose após 48 horas, consumindo reservas de gordura para gerir energia, o que pode causar colapsos metabólicos. Diferente da energia, o corpo não consegue fazer nada para se auto-hidratar.
A baixa temperatura e a altitude acima de 3.000 metros elevaram ainda mais o risco de hipotermia, insuficiência cardíaca e respiratória. A combinação de jejum, sede, frio e baixa oferta de oxigênio torna o ambiente insuportável para o corpo humano. São danos irreversíveis, que evoluem rapidamente. Os especialistas alertam que esse tipo de exposição prolongada exige protocolos de resgate imediatos.
Laudo oficial ainda não foi divulgado
Embora ainda não haja um laudo oficial, a análise clínica indica que a morte da jovem foi provocada por uma associação de fatores críticos. A falta de estrutura de resgate rápida, tanto na terra quanto por helicóptero, agravou a situação, impedindo que ela recebesse ajuda a tempo.
