A trilha até o cume do Monte Rinjani, na Indonésia, onde Juliana Marins perdeu a vida após quatro dias desaparecida, é ofertada por agências locais por um valor médio de R$ 1.600. O percurso é descrito como desafiador, com duração de dois a quatro dias, e exige preparo físico por conta da inclinação acentuada, terrenos instáveis e temperaturas extremas que podem chegar perto de 0°C.
Segundo relatos de turistas na plataforma TripAdvisor, o caminho é fisicamente extenuante. Trilheiros enfrentam solo arenoso, pedras soltas e subidas íngremes. Um dos viajantes, Lucas Ramos, mencionou ter completado o percurso em 15 horas, mas destacou que estava totalmente preparado fisicamente. A experiência, apesar de recompensadora visualmente, exige atenção e resistência.
Acidentes e mortes
O governo indonésio divulgou que, nos últimos cinco anos, foram registrados 180 acidentes e oito mortes em trilhas no vulcão. Em 2025, novas regras passaram a ser exigidas pelas agências, como o uso obrigatório de recipientes reutilizáveis para água e alimentos, além da exigência de um atestado médico para quem não apresentar carta de aptidão física.
Juliana contratou uma agência de turismo e estava acompanhada de um guia local durante a subida. De acordo com o relato da irmã da jovem, ela teria sido deixada para trás durante a descida por estar cansada, o que levanta questionamentos sobre a responsabilidade e preparo da equipe contratada.
Episódio trágico com brasileira
O episódio trágico envolvendo Juliana Marins evidencia os riscos ainda presentes nesse tipo de turismo de aventura, mesmo em passeios intermediados por agências especializadas. A cobrança por medidas de segurança mais rígidas e a revisão das práticas adotadas por esses operadores tornaram-se urgentes após a fatalidade.
