O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, será levado para Bali, na Indonésia, onde passará por autópsia nesta quinta-feira (26). O exame busca esclarecer a causa e o horário da morte, que ocorreu após uma queda durante trilha no Monte Rinjani. Juliana foi localizada sem vida na terça-feira (24), quase quatro dias após o desaparecimento. A família, que viajou ao país, critica a demora no resgate, apontando falhas graves por parte das autoridades locais.
Segundo a vice-governadora de West Nusa Tenggara, Indah Dhamayanti Putri, a autópsia ocorrerá em Denpasar, capital de Bali, por falta de estrutura adequada na província onde ocorreu o acidente, “Eles querem saber o horário da morte”, afirmou. Em reunião com a família no hospital Bhayangkara, as autoridades ouviram críticas e pedidos de esclarecimento sobre a lentidão da operação. A família quer entender se Juliana poderia ter sobrevivido com um socorro mais ágil.
Acusações de negligência e dificuldades do resgate
Os familiares afirmaram que Juliana “sofreu uma grande negligência” e que ela poderia estar viva se o resgate tivesse cumprido o prazo de 7 horas. Eles prometeram buscar justiça e agradeceram aos voluntários que tentaram ajudar. As autoridades locais alegaram que o clima e o terreno dificultaram as buscas. Um drone localizou Juliana imóvel na segunda-feira, mas o corpo só foi resgatado na noite de terça.
O diretor da agência nacional de busca da Indonésia explicou que a missão enfrentou barreiras técnicas, incluindo falhas de comunicação e clima instável. Inicialmente, surgiram relatos de que Juliana ainda estaria viva após a queda, o que elevou as esperanças da família. Mas, após a confirmação da morte, o foco se voltou à recuperação do corpo e às cobranças por respostas.
Comoção e apoio do Brasil
O caso gerou forte comoção no Brasil. A Prefeitura de Niterói, onde Juliana morava, garantiu que arcará com o traslado do corpo, enquanto o Itamaraty declarou não ter responsabilidade direta. O presidente Lula também lamentou a tragédia. O Monte Rinjani, embora turístico, já foi palco de outros acidentes fatais, evidenciando os riscos da região.
