A chamada Zona da Morte, do Monte Everest, é um trecho extremamente perigoso da montanha mais alta do mundo, localizada entre o Nepal e a China. Essa área crítica começa quando se ultrapassa os 8 mil metros de altitude, bem próximo do cume, que atinge 8.848,86 metros.
Nesse ponto, o corpo humano praticamente para de funcionar de maneira adequada, devido à falta de oxigênio e à baixa pressão atmosférica, o que torna a sobrevivência ali extremamente difícil e limitada a curtos períodos.
Zona mortal do Monte Everest
Permanecer nessa região por muito tempo pode resultar em consequências fatais, como hipotermia, edemas cerebrais e pulmonares, alucinações e confusão mental. Muitas vezes, esses sintomas aparecem em conjunto, levando à morte quase imediata. Por isso, os alpinistas costumam subir com tanques de oxigênio e equipamentos apropriados, sempre acompanhados de uma equipe experiente, para aumentar as chances de retorno com vida.
Um dos maiores especialistas em escaladas no Everest é o guia nepalês Kami Rita Sherpa, que já atingiu o topo da montanha mais de 30 vezes. Segundo ele, a chave para sobreviver à zona da morte é a preparação rigorosa e o uso de oxigênio suplementar, o que permite enfrentar a altitude com mais segurança.
Estudos científicos apontam que os riscos para o corpo humano começam a partir dos 5.400 metros. Aos 7 mil, os sintomas se agravam rapidamente, e após os 8 mil, o corpo entra em colapso. Nessas condições extremas, muitos alpinistas acabam morrendo, e seus corpos permanecem ali, pois o resgate é praticamente impossível.
Corpos viram pontos de referências
Esses corpos congelados acabam servindo, de forma macabra, como pontos de referência para quem tenta alcançar o cume. Mesmo sabendo dos perigos, cerca de mil pessoas se arriscam todos os anos a encarar a temida zona da morte do Everest em busca da glória de tocar o topo do mundo.
