Médico-legista diz que brasileira morreu 20 minutos após fratura, mas somente 4 dias depois da queda

Médico afirmou que Juliana morreu somente na quarta-feira (25), mas que ela não sofreu hipotermia.

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A autópsia no corpo de Juliana Marins revelou que a brasileira não sofreu hipotermia antes de morrer no Monte Rinjani, na Indonésia. O perito responsável pelo laudo, Ida Bagus Alit, destacou que os sinais típicos dessa condição, como lesões nas extremidades do corpo, não estavam presentes.

Isso reforça a conclusão de que a morte ocorreu logo após o impacto da queda, causada por ferimentos múltiplos e hemorragia. 

O que disse o legista?

“De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira, 25 de junho, entre 1h e 13h [14h do dia 24 e 2h do dia 25, no horário de Brasília]”, declarou em entrevista para a BBC News. Se Juliana morreu apenas na quarta-feira, ela ficou exposta às baixas temperaturas que podem chegar a 0ºc durante a noite desde o dia da queda, na madrugada de sábado no horário local. Além disso, o grupo de resgate da Indonésia confirmou a morte de Juliana na terça-feira – de manhã no Brasil e à noite na Indonésia.

Momento da morte

A jovem teria morrido cerca de 20 minutos após sofrer os traumas, de acordo com a estimativa médica baseada na análise dos órgãos e do sangramento. Estes traumas seriam o da segunda queda. Na segunda-feira (23), Juliana foi filmada por drone 400 metros abaixo da trilha. No sábado (21), ela estava 200 metros.

A vítima sofreu fraturas graves em diferentes partes do corpo, como tórax, costas e pernas. Segundo o legista, a combinação dos ferimentos comprometeu órgãos internos essenciais e levou à morte em questão de minutos. Há questões que ainda devem ser respondidas no falecimento da brasileira.