A morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos no início de junho, segue cercada por revelações impactantes. O caso, investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), teve um novo desdobramento após a divulgação do laudo definitivo da perícia, que trouxe detalhes até então mantidos em sigilo.
As autoridades já teriam identificado suspeitos e trabalham para concluir o inquérito nos próximos dias. De acordo com o andamento das investigações, uma testemunha-chave compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhada por um advogado, e apontou três seguranças que atuavam no local como autores do crime.
A testemunha relatou ter visto o momento em que o empresário foi agredido e revelou que só agora decidiu falar por medo de retaliações. A informação deu novo fôlego ao trabalho da polícia, que passou a focar nos suspeitos indicados.
Terra nos pulmões de Adalberto
Os investigadores também analisaram o veículo da vítima, onde foram encontrados vestígios de sangue de Adalberto e de uma mulher ainda não identificada. O detalhe que mais chamou a atenção dos peritos, no entanto, veio à tona no laudo definitivo: havia terra não apenas na boca e na garganta do empresário, mas também dentro dos pulmões — um indicativo contundente de que ele foi colocado ainda vivo no buraco, ou pelo menos respirava no momento em que foi colocado no buraco.
Empresário foi colocado em buraco
Esse dado técnico dá mais força à hipótese de que o empresário possa ter sido jogado desacordado no buraco, onde morreu por asfixia. O resultado do laudo é considerado crucial pelos investigadores para qualificar o crime como homicídio doloso, com agravante de crueldade, já que a vítima teria sido consciente ou semiconsciente quando foi enterrada. O cenário descrito pelos peritos é classificado como de extrema violência.