Imagens de drone divulgadas por socorristas indonésios revelam a dimensão da tragédia envolvendo a brasileira Juliana Marins no Monte Rinjani. As filmagens mostram desde o ponto mais alto da trilha, onde Juliana caiu de uma altura de aproximadamente 600 metros, até a área rochosa onde seu corpo foi içado.
No vídeo, é possível perceber uma grande movimentação de pessoas no topo da montanha, com cordas descendo por diversos pontos do terreno íngreme do vulcão, demonstrando a complexidade do resgate. Segundo informações de socorristas, cerca de 30 profissionais atuaram na operação, incluindo especialistas no cume e no paredão, evidenciando a gravidade da situação.
Resgatista fala sobre Juliana Marins
Um dos socorristas que participou do resgate ressaltou a dedicação da equipe, enfatizando que não se tratava de uma ação heróica, mas de uma resposta humana a uma tragédia, detalhando a estrutura do resgate: sete socorristas no local do acidente, outros três na beira do penhasco e 23 apoiando o sistema de içamento no cume.
Em entrevista ao programa Fantástico, o alpinista responsável pelo resgate de Juliana Marins fez um forte relato, revelando o momento mais difícil da operação. “O pior momento foi quando eu vi a Juliana, porque esperava que ela ainda estivesse viva”, disse o resgatista. A entrevista completa será exibida pela TV Globo no próximo domingo (29).
A morte da brasileira na Indonésia
O laudo preliminar da autópsia indica que Juliana morreu devido a um impacto contra um objeto contundente, que causou ferimentos extensos por todo o corpo, especialmente nas costas. O legista afirmou que a morte foi praticamente instantânea, ocorrendo até 20 minutos após o impacto, descartando hipótese de fome, além de não haver sinais de hipotermia. A tragédia ocorreu por volta das 6h30 do último sábado (21), quando Juliana caiu em um barranco com centenas de metros de profundidade, na região de Cemara Nunggal, uma trilha cercada por desfiladeiros que leva ao cume do vulcão.
