A Polícia Civil de São Paulo determinou que o homicídio da professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos, foi premeditado por seu marido, o médico Luiz Antônio Garnica, e perpetrado com o auxílio de sua mãe, Elizabete Arrabaça. A investigação revelou que Larissa foi intoxicada com chumbinho, um pesticida altamente letal e cuja comercialização é vedada. O fato ocorreu em 21 de março deste ano, na residência do casal, em Ribeirão Preto. O corpo da vítima foi descoberto na manhã seguinte, após Luiz chamar o Samu e forjar surpresa diante da ocorrência.
Conforme apurado, Luiz enviou uma mensagem à sua amante comunicando a morte da esposa antes mesmo da chegada do socorro, o que sustenta a hipótese de que o ato foi planejado. Além disso, ele tentou criar uma coartada, registrando sua presença em um centro comercial com a amante na noite em que o crime se deu.
Indícios de envenenamento e suspeita sobre a sogra
Amigos e familiares de Larissa testemunharam que ela apresentava mal-estar nos dias que antecederam sua morte, e que Luiz, seu marido, teria desencorajado a busca por assistência médica. A investigação policial sugere que Elizabete, mãe do médico, esteve no apartamento na noite anterior ao crime e possivelmente administrou a substância letal à nora.
A autópsia do corpo de Larissa confirmou danos severos aos órgãos vitais e a presença de veneno. Levanta-se a suspeita de que Nathalia, irmã da vítima, tenha falecido em fevereiro sob condições similares; a exumação de seu corpo subsequente atestou envenenamento por chumbinho como causa da morte. A polícia agora apura a possível participação de Elizabete também neste segundo óbito.
Motivação financeira e acusações formais
Segundo o delegado responsável pelo caso, a motivação para os crimes seria de ordem financeira, considerando o endividamento dos envolvidos. Luiz e Elizabete foram formalmente acusados de homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e crueldade, e aguardam a denúncia oficial por parte do Ministério Público. A defesa dos acusados, no entanto, nega veementemente as acusações.
