A tragédia envolvendo a morte de Juliana Marins durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou mais um capítulo com as declarações dos pais da jovem ao programa Fantástico, da Globo, na noite deste domingo (29).
Durante a entrevista, o pai da brasileira revelou um detalhe até então desconhecido e expôs o motivo de Juliana antes sozinha no momento em que sofreu acidente. O guia responsável por acompanhá-la teria se ausentado do local para fumar, deixando-a à beira do penhasco por até dez minutos.
Pai de Juliana desabafa
Segundo Manoel Marins, a filha chegou a avisar que estava cansada. O guia, então, sugeriu que ela descansasse e, pouco depois, se afastou. “O guia nos disse que ele se afastou por 5 a 10 minutos para fumar. Para fumar!”, afirmou o pai, visivelmente indignado com a negligência. A ausência teria ocorrido por volta das 4h da manhã, e apenas duas horas depois o guia voltou a ter contato visual com Juliana, já caída em um local de difícil acesso.
Resgate da brasileira
As imagens exibidas pela reportagem mostram que a estrutura de resgate no Parque Nacional do Monte Rinjani é precária. Quando a equipe de socorro chegou, às 14h do mesmo dia, contava apenas com uma corda e poucos equipamentos.
O guia tentou descer o penhasco sem a segurança mínima, amarrando-se com o que tinha disponível. O atraso no acionamento da Defesa Civil da Indonésia, segundo a família, contribuiu para o desfecho trágico. A Basarnas só foi mobilizada horas depois do acidente, chegando ao local por volta das 19h. Para os pais de Juliana, a sucessão de falhas operacionais comprometeu qualquer chance de resgate da brasileira com vida.