Manoel Marins, pai da publicitária Juliana Marins, morta na Indonésia, concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Globo, neste domingo (29), e contestou a conclusão apresentada pelo legista que realizou a autópsia no corpo da filha.
“Juliana já estava morta na segunda-feira”, afirmou ele, contrariando a versão das autoridades da Indonésia, que sustentam que a jovem morreu na quarta-feira, dia 25 de junho. A declaração de Manoel contrasta diretamente com a análise do médico-legista Ida Bagus Putu Alit, responsável pelo exame no Hospital Bali Mandara.
Segundo Alit, a brasileira teria falecido entre 1h e 13h da quarta-feira, pouco antes do corpo ser içado pela equipe de resgate. O laudo apontou múltiplas fraturas internas, especialmente no tórax, e descartou hipotermia como causa da morte.
Pedido de autópsia no Brasil
O pai de Juliana acredita que houve falhas no resgate e lentidão na resposta das autoridades locais, o que dificultou o socorro e impediu qualquer chance de salvamento. A versão apresentada por ele reforça a desconfiança da família em relação às informações fornecidas pelas autoridades indonésias.
A divergência entre o relato familiar e o laudo oficial motivou o pedido à Justiça Federal para que uma nova autópsia seja realizada no Brasil. A família quer esclarecer a real data e as circunstâncias da morte, além de verificar a consistência das conclusões do exame feito em Bali. A Defensoria Pública da União acompanha o caso e aguarda uma manifestação judicial.
Morte de Juliana Marins
Juliana Marins caiu de uma encosta íngreme durante uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok. Foram quatro dias de buscas até a confirmação de sua morte. A equipe de resgate encontrou o corpo na terça-feira (24), mas segundo o laudo, a morte teria ocorrido na manhã seguinte. O caso segue cercado de dúvidas e comoção.
