Caso Juliana: corpo pode passar por nova autópsia após embalsamento? Perito responde

Brasileira morreu em trilha de vulcão na Indonésia e família acionou a Justiça por nova autópsia.

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A família de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu durante uma trilha na Indonésia, entrou com um pedido na Justiça Federal para que seja realizada uma nova autópsia no Brasil. A medida foi tomada após questionamentos sobre o laudo feito por autoridades indonésias, que descartou a hipótese de morte por hipotermia.

A expectativa é que o novo exame possa esclarecer de forma mais precisa as causas e o momento da morte de Juliana. O corpo da jovem foi submetido a um processo de embalsamamento para viabilizar o transporte internacional até o Rio de Janeiro.

Mesmo assim, especialistas garantem que o procedimento não impede uma nova autópsia. O objetivo do embalsamamento é preservar o corpo, retardar a decomposição e manter suas características físicas, facilitando análises posteriores.

Perito falou sobre a possibilidade de nova autópsia

O perito forense Sérgio Hernandez Saldias afirmou ao site Terra que é tecnicamente possível realizar um exame necroscópico mesmo após o embalsamamento. Segundo ele, o sangue, normalmente substituído por uma solução de água e formol, não compromete a investigação da causa da morte, já que existem outras amostras biológicas disponíveis. Exames em órgãos e tecidos ainda são possíveis e confiáveis.

Ainda de acordo com o especialista, a nova perícia pode identificar fraturas, lesões internas e hemorragias que ajudem a compreender o que de fato aconteceu. A família acredita que uma investigação detalhada feita em solo brasileiro poderá trazer respostas que o laudo da Indonésia não esclareceu totalmente.

Pedido da família

O pedido foi apresentado com o apoio da Defensoria Pública da União, e a expectativa da família é por uma decisão favorável nas próximas horas. A realização da nova autópsia deve ocorrer poucas horas após o corpo de Juliana chegar ao Brasil, caso seja determinada pela Justiça.