O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, chegou ao Brasil nesta terça-feira (1º) após ser resgatado na Indonésia, onde a jovem morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok. O voo aterrissou em Guarulhos por volta das 17h, sendo acompanhado pela Polícia Federal. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o traslado até o Rio de Janeiro será feito pela Base Aérea do Galeão, com pouso previsto para as 18h30.
A causa da morte, segundo o médico legista indonésio Ida Bagus Alit, foi um trauma contundente que provocou lesões internas e hemorragia. A versão, no entanto, é contestada pela família de Juliana, que entrou na Justiça Federal com pedido de nova autópsia. “Com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União, que fez o pedido imediatamente”, declarou Mariana Marins, irmã da vítima.
Família contesta versão oficial e denuncia abandono
Em entrevista ao programa Fantástico, o pai de Juliana, Manoel Marins, relatou uma conversa com o guia turístico que acompanhava sua filha na trilha. Segundo ele, Juliana pediu uma pausa para descansar. O guia, então, disse: “senta aqui, fica sentada” — e se afastou para fumar. Quando retornou, não a encontrou mais. “Isso foi por volta das 4h. Ele só a viu novamente às 6h08, quando gravou um vídeo e enviou ao chefe”, contou o pai.
A jovem foi localizada sem vida apenas no dia 24, por voluntários locais que ajudaram nas buscas em salvamento que gerou grande comoção na internet e mobilizou as autoridades brasileiras em buscas de respostas e do rápido translado do corpo.
Justiça e comoção nacional
A tragédia gerou questionamentos sobre a responsabilidade de guias turísticos em expedições perigosas no exterior. A família segue cobrando explicações e justiça. Os pais de Juliana acreditam que houve negligência no serviço prestado.