Mariana Marins revela maior medo da família antes do resgate do corpo de Juliana

Família vive angústia desde o desaparecimento e teme que a verdade sobre o resgate nunca venha à tona.

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A dor da perda ainda é recente, mas a família de Juliana Marins tenta encontrar forças para lidar com o luto e, ao mesmo tempo, buscar justiça. O corpo da jovem foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro após uma nova necropsia, realizada na manhã desta quarta-feira (2), por peritos da Polícia Civil, com o acompanhamento da Polícia Federal e de um técnico indicado pela família. O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.

A análise foi solicitada após questionamentos sobre o laudo anterior, elaborado por autoridades da Indonésia. A família ainda não divulgou data, horário ou local do velório e sepultamento. Juliana chegou ao Brasil na última terça-feira (1), e foi transportada pela Força Aérea Brasileira até o Rio de Janeiro, com escolta da Polícia Federal durante todo o trajeto.

Medo durante o desaparecimento

A nova necropsia foi determinada pela Advocacia-Geral da União (AGU), após reunião com representantes da Defensoria Pública da União (DPU) e do governo estadual. O laudo indonésio apontava que Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após sofrer um trauma grave, mas sem indicar o momento exato da lesão. Já a nova análise sugere que a morte pode ter ocorrido entre 12h e 24h antes do resgate do corpo, o que levanta dúvidas sobre possível omissão de socorro.

Durante o período em que Juliana esteve desaparecida, a maior angústia da família era não conseguir reencontrá-la. Mariana Marins, irmã da vítima, afirmou que, apesar da dor, o retorno do corpo ao Brasil permitiu uma despedida digna. “Uma coisa que a gente tinha medo é que Juliana ficasse desaparecida”, disse.

Pedido por memória e justiça

Em um momento de profunda emoção, Mariana fez um apelo para que a memória da irmã não seja esquecida. Segundo ela, Juliana foi vítima de negligência no resgate, e a família está determinada a transformar a dor em força. “Meu pedido, mais uma vez, é: não esqueçam Juliana”, declarou. A família reafirma o compromisso de seguir em busca de respostas, para que outras pessoas não enfrentem o mesmo sofrimento.