‘Eu saí daqui para trazer minha filha viva, não consegui’, diz pai de brasileira morta na Indonésia

Pai de Juliana critica resgate na Indonésia e fala em negligência e falta de estrutura.

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Ao chegar no velório de sua filha nesta sexta-feira, 4 de julho, Manoel Marins conversou com os repórteres. Sua filha, a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, faleceu tragicamente após um acidente durante uma trilha em uma área turística da Indonésia. Acompanhado de outros familiares, Marins desabafou com a imprensa. “Eu saí daqui para trazer minha filha viva, não consegui, infelizmente ela chegou falecida”, começou.

Durante a entrevista, o pai de Juliana mencionou a ausência de infraestrutura adequada no local. “Trata-se de despreparo e descaso com a vida humana. Trata-se de negligência, precariedade dos serviços daquele país. Infelizmente, é um país turístico, um destino turístico mundialmente conhecido, um país que depende do turismo pra sobreviver, deveria ter mais estrutura”, declarou.

Resgate distante

O pai de Juliana relatou que o helicóptero de resgate da equipe, localizado em Jacarta, na Ilha de Java, estava muito distante de Lombok, onde o acidente ocorreu. Ele explicou que o helicóptero utilizado era, na verdade, de uma mineradora, e foi cedido para o resgate.

Além disso, o pai de Juliana apontou uma demora crucial na comunicação: “O parque, quando entrou em contato com o serviço de Defesa Civil, entrou em contato muito tempo depois do acidente da Juliana”. Ele acredita que se o contato tivesse sido feito assim que o diretor do parque foi informado do acidente, o desfecho poderia ter sido diferente, mas já era tarde demais quando a Defesa Civil foi acionada.

Imagem confusa

Ele também esclareceu sobre a famosa imagem de drone: “Aquela primeira imagem de drone que aparece da Juliana acenando, ela foi feita em um ângulo que parece que Juliana está no platô, não, Juliana já estava numa ribanceira, podemos dizer assim…”.