Mulher diz ter perdido a visão após usar produto de Virginia Fonseca

Mulher detalhou experiência com fortalecedor de cílios e os impactos em sua visão, levando a família a considerar ações jurídicas.

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Uma moradora de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, identificada como Lidiane Herculano, relatou ter experimentado severos problemas de visão após a utilização de um fortalecedor de cílios da marca WePink, associada à influenciadora digital Virginia Fonseca. O incidente, que resultou em queimaduras nas córneas, levou a mulher a buscar atendimento médico e, posteriormente, a família a considerar medidas legais contra a empresa.

Lidiane Herculano compartilhou sua experiência em um vídeo publicado no YouTube. Segundo seu relato, após aplicar o produto nos cílios, sentiu uma leve ardência, mas não deu importância imediata ao sintoma. “Senti uma ardenciazinha de leve (…) e aí eu dormi. Quando acordei, eu já estava vendo tudo muito nublado, tudo muito cinza”, descreveu. Na tentativa de aliviar o desconforto, ela lavou os olhos com soro e água boricada, e voltou a dormir, esperando uma melhora. Contudo, ao acordar no dia seguinte para ir ao trabalho, a nebulosidade persistia.

Apesar da visão prejudicada, Lidiane inicialmente priorizou suas obrigações profissionais. No entanto, ao chegar ao trabalho, foi aconselhada por colegas a procurar ajuda médica. “Eu não tava com dor, com nada, só com aquela névoa. Cheguei no trabalho e minhas colegas disseram: ‘Não você vai [no médico] porque vista é um negócio muito sério'”, afirmou. Ela conseguiu uma consulta com uma oftalmologista, que, após um exame e a aplicação de um colírio, informou que o produto havia queimado suas córneas. A médica ressaltou que a situação poderia ter sido mais grave se Lidiane não tivesse lavado os olhos.

Agravamento do quadro e busca por tratamento especializado

A situação de Lidiane se agravou nas horas seguintes. A médica prescreveu quatro colírios, que ela começou a usar antes de dormir. No entanto, por volta das 6h da manhã, acordou com dores intensas e lacrimejamento nos olhos. A dor era tão excruciante que ela descreveu como se “estava passando uma gilete nos olhos. Uma dor insuportável”. Diante da piora, Lidiane buscou um hospital especializado em oftalmologia em Duque de Caxias, onde foi novamente examinada. Nesse ponto, ela já não conseguia sequer abrir os olhos devido à intensidade da dor.

Repercussão e ações futuras

O caso de Lidiane Herculano ganhou visibilidade também através de seu filho, Otávio Lopes, que utilizou a plataforma X (antigo Twitter) para relatar o ocorrido. Ele informou que sua mãe ficou afastada do trabalho por aproximadamente uma semana devido às queimaduras nas córneas. “Ela teve as córneas queimadas, e pela ajuda de Deus e dos médicos, não foi pior. Agora, minha mãe não consegue abrir os olhos de tanta dor e queimação, e os médicos deram 5 a 7 dias para a recuperação”, publicou Otávio. Dias depois, ele atualizou o estado de saúde da mãe, indicando melhora, e confirmou que a família está tomando “as medidas cabíveis enquanto a esse assunto”, sinalizando a intenção de buscar reparação legal contra a empresa WePink. A marca, por sua vez, não se manifestou publicamente sobre o incidente até o momento.