Ataque à escola no RS: professora foi verdadeira heroína, mas acabou ferida

Adolescente invadiu a escola e atacou crianças do terceiro ano, uma delas morreu.

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A professora que foi ferida ao tentar conter o adolescente de 16 anos durante o ataque à Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, em Estação, no norte do Rio Grande do Sul, está sendo reconhecida como uma heroína. Ela levou facadas ao tentar proteger seus alunos e permanece internada no Hospital Santa Terezinha, em Erechim. O ataque ocorreu na manhã de terça-feira (8) e deixou um menino morto e outras duas crianças feridas.

De acordo com o coronel Carlos Alberto Cardoso de Aguiar Junior, comandante do CRPO Norte, de Erechim, a docente agiu com coragem diante da tragédia. “A professora, pelas informações que eu tenho, foi uma heroína, por ter tentado salvar as crianças”, afirmou o coronel. A intervenção da educadora evitou que o número de vítimas fosse ainda maior, segundo relatos preliminares das autoridades.

Adolescente invadiu sala de aula

O adolescente entrou na escola afirmando que deixaria um currículo, pediu para ir ao banheiro e invadiu uma sala do 3º ano com uma faca e bombas caseiras. Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos, foi atingido nas costas e não resistiu aos ferimentos. Outras duas meninas de 8 anos sofreram cortes leves e foram levadas a hospitais da região. A professora foi ferida ao intervir e tentar conter o agressor.

Após o ataque, foi confirmado que o jovem fazia acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano. Ele foi apreendido por moradores e encaminhado à Delegacia de Getúlio Vargas, onde permanece sob custódia. A Polícia Civil investiga as motivações do ataque e deve ouvir novas testemunhas nos próximos dias.

Prefeitura emitiu nota oficial

A Prefeitura de Estação decretou a suspensão das aulas em toda a rede municipal de ensino por tempo indeterminado. Em nota oficial, afirmou que está com “toda a nossa equipe mobilizada, prestando apoio e assistência contínua a todas as famílias e à comunidade escolar neste período”. A cidade de 5,5 mil habitantes ainda tenta se recuperar do impacto causado pelo crime brutal.