A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou nesta terça-feira (08/07) que o salário mínimo poderá subir para R$ 1.630 em 2026. O valor faz parte do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já enviado ao Congresso Nacional em abril e representa um reajuste de 7,37% sobre o piso atual. Caso seja aprovado, será o maior salário mínimo registrado no Brasil nos últimos 50 anos.
Segundo Tebet, o novo piso salarial considera a inflação medida pelo INPC e o crescimento do PIB de dois anos anteriores, conforme a política de valorização do salário mínimo adotada desde 2023. A ministra afirmou na Comissão Mista de Orçamento do Senado que o modelo visa garantir reposição e ganhos reais, com acréscimos de cerca de 2,5% acima da inflação.
Política de valorização permanente segue em vigor
Desde o início da atual gestão, o governo federal tem aplicado uma fórmula que une a inflação do ano anterior ao desempenho da economia dois anos antes, garantindo aumentos reais. O objetivo, segundo o Ministério do Planejamento, é proteger o poder de compra de trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais, sem abrir mão da responsabilidade fiscal.
O salário mínimo de R$ 1.630 está alinhado com essa estratégia e integra uma política mais ampla de valorização do trabalho. Para entrar em vigor, a proposta ainda precisa passar pelo crivo da Comissão de Orçamento e do plenário do Congresso.
Congresso decidirá futuro do reajuste
A aprovação final da LDO está prevista para ocorrer ainda este ano. Caso aprovada, o novo mínimo começará a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, com pagamento em fevereiro. O tema já movimenta bastidores políticos e promete debates acalorados entre aliados do governo e a oposição.
