Estes são os motivos do câncer de pâncreas de Edu Guedes ser um dos mais temidos

Tumor no pâncreas é um dos mais letais e seus sintomas podem ser silenciosos.

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O chef e apresentador Edu Guedes, de 50 anos, foi submetido a uma cirurgia no último sábado (6), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após a descoberta de um tumor no pâncreas. A doença veio à tona após uma infecção renal, e chama a atenção por ser um dos tipos mais agressivos e fatais de câncer, com diagnóstico geralmente tardio.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados quase 11 mil novos casos por ano no Brasil — e embora represente apenas 1,6% dos diagnósticos oncológicos, responde por 5% das mortes. Dados do Instituto Nacional do Câncer dos EUA revelam a gravidade: apenas 13,3% dos pacientes sobrevivem cinco anos após o diagnóstico. 

Fatores de risco e sintomas preocupantes

Entre os principais fatores de risco estão idade avançada, obesidade, diabetes tipo 2, tabagismo, consumo excessivo de álcool e dietas pobres em fibras. Condições hereditárias também podem contribuir. Quando os sintomas aparecem, incluem dor abdominal, perda de peso sem causa aparente, icterícia e vômitos, segundo o oncologista Ramon Andrade de Mello, da High Clinic Brazil.

O médico explica que a cirurgia só é possível em 10% dos casos: “A partir dos exames, o profissional poderá definir se trata-se de uma doença operável ou não”, afirma. Se o tumor for removível, o tratamento pode incluir cirurgia e quimioterapia combinadas. Quando o câncer já se espalhou pelo corpo, a quimioterapia passa a ser o único recurso.

Cirurgia complexa e alta letalidade

Além da agressividade, o câncer de pâncreas é difícil de tratar porque o órgão está localizado em uma “região de alto valor”, cercado por vasos sanguíneos, como explica Conan Kinsey, especialista do Instituto de Câncer Huntsman (EUA). Isso complica a cirurgia e reduz as chances de cura. Em casos metastáticos, a sobrevida média é de apenas 6 a 11 meses.