Caso Juliana Marins ganha novo capítulo: IML aponta motivo de análise pericial estar comprometida

Peritos afirmam que estado do corpo de Juliano prejudicou respostas sobre dinâmica da queda e possíveis causas.

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O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro revelou que o estado em que o corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, chegou ao Brasil comprometeu significativamente parte das análises periciais.

A jovem morreu durante uma trilha na Indonésia, após uma queda em local de difícil acesso, e seu corpo foi localizado quatro dias depois do desaparecimento. Para viabilizar o traslado internacional, o cadáver passou por um processo de embalsamamento, o que interferiu diretamente nos exames.

Peritos apontam dificuldades em análise

De acordo com os peritos, o embalsamamento anterior à necropsia dificultou a determinação precisa do horário da morte e impossibilitou a análise de aspectos fundamentais como hipotermia, desidratação e eventuais sinais de violência sexual.

O laudo destacou que, considerando apenas o exame do corpo, o intervalo de tempo desde o óbito até o exame e as condições de conservação prejudicaram as conclusões forenses. A causa da morte foi confirmada como hemorragia interna decorrente de múltiplas lesões traumáticas, com fraturas graves na pelve, crânio e tórax, características de uma queda com alto impacto.

Curto período de sobrevivência de Juliana

Ainda assim, os peritos não descartam a possibilidade de um curto período de sofrimento físico e mental antes do falecimento de Juliana. A ausência de sinais de contenção ou lesões compatíveis com violência sexual foi registrada no laudo.

Os exames laboratoriais também não identificaram espermatozoides ou marcas traumáticas nas áreas íntimas da vítima. No entanto, os investigadores ainda aguardam os resultados de testes genéticos complementares, que poderão detectar a presença de material biológico masculino e esclarecer pontos pendentes da investigação.