A família da brasileira Juliana Marins, que perdeu a vida após sofrer uma queda durante uma trilha na Indonésia, pediu formalmente que a Polícia Federal investigue um possível vazamento de informações sobre o laudo da nova autópsia feita no corpo da jovem. O resultado oficial estava previsto para ser divulgado apenas nesta quarta-feira (25), em uma entrevista coletiva que contaria com a presença da Defensoria Pública da União e do perito particular contratado para acompanhar o processo.
Segundo os familiares, todos foram pegos de surpresa com as reportagens publicadas na manhã de ontem, que anteciparam o conteúdo do exame realizado no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro.
Novo laudo confirma causa da morte de brasileira
A nova perícia havia sido solicitada pela própria família, que desejava esclarecer divergências apontadas nos documentos produzidos pelos legistas indonésios. Na versão apresentada no país asiático, constava que Juliana morreu em decorrência de um trauma contundente, seguido de hemorragia causada por lesões em órgãos internos.
O exame complementar realizado no Brasil confirmou essas conclusões, apontando que a causa imediata foi uma hemorragia interna provocada por múltiplas lesões viscerais, compatíveis com um impacto de alta energia cinética. O relatório também indicou que Juliana poderia ter resistido por até 15 minutos após o trauma inicial, mas os peritos não conseguiram determinar com exatidão o horário da morte, devido ao estado em que o corpo chegou ao Brasil.
Família autorizou novos exames
Além disso, o laudo apontou sinais de que a jovem pode ter enfrentado sofrimento físico e mental durante um período “agonal”, com estresse intenso em nível endócrino, metabólico e imunológico. O procedimento foi realizado quase uma semana depois da chegada do corpo ao Rio de Janeiro, com autorização judicial e acompanhamento de representantes da família, de um perito da Polícia Federal e de um técnico especializado.
