A queda de Bianca Zanella, de apenas 11 anos, no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul (RS), mobilizou uma grande operação de resgate que durou cerca de 10 horas na última quinta-feira (10). Segundo informações da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, equipes de Canela, Gramado e Porto Alegre foram acionadas ainda no início da tarde, contando com apoio aéreo, drones com câmeras térmicas e técnicas de rapel para localizar a vítima em uma área de difícil acesso.
Bianca estava com os pais no mirante do cânion, ponto mais alto do local, quando teria corrido em direção à borda enquanto a família se preparava para sentar em um banco. O pai ainda tentou alcançá-la, mas não conseguiu evitar a queda. A menina foi encontrada a aproximadamente 70 metros do ponto de onde despencou.
Dificuldades no resgate da menina
De acordo com o governador Eduardo Leite, os bombeiros enfrentaram condições extremas para descer a área durante a noite, utilizando rapel para chegar até o local onde constataram o óbito por volta das 23h.
O cânion, com 7,5 km de extensão e mais de 1.100 metros de altitude, não possui cercas de proteção na área do mirante, o que reacendeu o debate sobre a falta de estrutura de segurança em pontos turísticos da região. Segundo o secretário de Turismo de Cambará do Sul, a família de Bianca, que mora em Curitiba (PR), estava na cidade para conhecer o parque.
Governo do Paraná auxilia família
Segundo o site CNN, uma aeronave do governo paranaense será utilizada para transportar o corpo da menina de volta a Curitiba, enquanto outra aeronave levará os pais. Uma equipe do Corpo de Bombeiros do Paraná também se deslocou para prestar apoio no traslado. A delegada responsável, Fernanda Aranha, informou que uma perícia técnica vai apurar as condições de segurança do local. O pai da menina já prestou depoimento.
