Um homem de 43 anos, identificado como Rames Ossen Ali Júnior, foi preso em flagrante por importunação sexual contra uma dentista durante atendimento em um consultório particular em Igarapé, Minas Gerais, no dia 8 de julho. O caso gerou grande repercussão e reacendeu debates sobre a segurança de profissionais em seus locais de trabalho. A dentista, que não quis ter o nome divulgado, relatou sentir vergonha, medo e frustração após o episódio, descrevendo-se como “um lixo” diante da situação constrangedora.
Momento do crime e desespero da vítima
Segundo a dentista, o homem procurou a clínica alegando urgência e foi atendido durante o horário de almoço da profissional. Durante o procedimento, o paciente demonstrou comportamentos estranhos, chegando a lamber o dedo da dentista, o que inicialmente foi interpretado por ela como reflexo de desconforto. Em seguida, ele tentou tocar o rosto dela, mas a profissional se esquivou. As câmeras do consultório registraram o momento em que Rames se masturbava enquanto estava deitado na maca, com as partes íntimas expostas.
Ao perceber a cena, a dentista correu para fora da sala, pedindo à recepcionista que chamasse a polícia. O suspeito permaneceu imóvel na maca até a chegada das autoridades, enquanto a vítima se refugiou em outra sala. Profundamente abalada, ela ressaltou o sentimento de insegurança mesmo dentro do local onde trabalha e desabafou: “Trabalhei muito para me formar, trato todos com respeito. Esperamos respeito também.”
Prisão e desdobramentos
Após a prisão, Rames alegou à polícia que não lembrava do ato, justificando o comportamento com o uso de medicação para tensão emocional. Ele foi conduzido ao Presídio Inspetor José Martinho Drumond, onde está à disposição da Justiça. O caso segue sob segredo de justiça, e a dentista está recebendo acompanhamento psicológico e apoio jurídico, além do respaldo da clínica.
A clínica onde ocorreu o caso, emitiu nota repudiando qualquer tipo de assédio ou violência e informou ter tomado todas as medidas cabíveis, incluindo o registro de boletim de ocorrência e acionamento do departamento jurídico. Apesar do alívio com a prisão do agressor, a dentista demonstrou receio quanto à exposição do caso e possíveis retaliações. “Graças a Deus tenho meu marido que está me apoiando. Mas é algo que mexeu muito com meu psicológico”, afirmou.