O sargento Kelvyton de Oliveira Vale, de 48 anos, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, morreu na manhã de 11 de julho após ser baleado durante uma operação na Vila da Penha, Zona Norte do Rio. Com 24 anos de serviço, Kelvyton foi socorrido por colegas e levado ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu. O policial deixa um filho e era conhecido pelo comprometimento com sua profissão.
Operação marcada por violência
A ação, realizada pelo 41º BPM de Irajá, visava combater grupos criminosos, recuperar veículos roubados e cumprir mandados de prisão. Durante a operação, houve intenso tiroteio, momento em que o sargento Kelvyton foi atingido na cabeça, não conseguindo sobreviver aos ferimentos. O episódio reforça o clima de tensão nas operações policiais na capital fluminense.
Trajetória e heroísmo
Kelvyton ficou nacionalmente conhecido em 2020 por salvar o cabo Marco Antônio Matheus Maia, carregando-o nas costas após este ter sido baleado na Vila Aliança. O ato de coragem lhe rendeu promoção a sargento. Contudo, o cabo Maia faleceu em 2024, vítima de outro ataque criminoso. Kelvyton era visto como exemplo de coragem pelos colegas e contava com cerca de 7 mil seguidores nas redes sociais, onde compartilhava momentos de sua rotina, inclusive relatos sobre ferimentos em serviço.
Recentemente, em maio deste ano, Kelvyton publicou uma foto mostrando um curativo no pescoço, explicando ter sido atingido por estilhaços de tiros de fuzil. “Será a décima cicatriz proveniente de tiros, mas nada muda porque ainda continuo no jogo. NEM UM PASSO SERÁ DADO PARA TRÁS!!!!”, escreveu, demonstrando seu espírito resiliente e comprometido com a profissão.
Luto e investigação
A morte do sargento eleva para 67 o número de agentes de segurança baleados em 2025 na Região Metropolitana do Rio, sendo 34 mortos. A PM divulgou nota lamentando o ocorrido, enquanto o secretário da corporação, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, homenageou Kelvyton, destacando sua bravura e dedicação. A Delegacia de Homicídios investiga as circunstâncias do caso. Os pais do sargento, moradores de Santa Cruz, Zona Oeste, precisaram de atendimento médico após receberem a notícia da morte do filho.
