Peritos brasileiros divulgaram nesta sexta-feira (11), novas informações sobre a morte de Juliana Marins, que sofreu um acidente em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Segundo a equipe, a jovem permaneceu viva por cerca de 32 horas, após cair na encosta do vulcão, aguardando socorro que demorou a chegar.
O dado foi apresentado em coletiva na Defensoria Pública do Rio de Janeiro, com base no desenvolvimento de larvas encontradas no couro cabeludo, indicador biológico que ajuda a estimar o tempo de morte.
Peritos afirmam que brasileira sofreu morte agonizante
A análise revelou que Juliana teria agonizado entre 10 e 15 minutos após sofrer sua segunda queda, momento em que, segundo os laudos, pode ter deslizado de costas e, na parte final, batido de frente com o terreno. Os peritos apontaram sinais de grave dificuldade respiratória pouco antes de ela falecer. A brasileira foi encontrada morta a 650 metros de profundidade, após ter saído da trilha original, deslizado cerca de 60 metros e, depois, percorrido mais 220 metros até o ponto da primeira queda.
A sequência de escorregões prolongou-se por outros 370 metros, somando dois impactos fatais. O resgate, segundo os peritos, teve início de forma tardia: a primeira equipe só deixou a base do parque quase quatro horas após o acidente.
Juliana Marins não foi vítima de hipotermia
A perícia descartou a hipótese de hipotermia, justificando que não havia sinais clássicos de necrose nas extremidades. À época, Juliana usava apenas roupas leves, sem equipamentos adequados para temperaturas próximas de 0 ºC. O corpo foi resgatado em uma operação que durou cerca de sete horas, envolvendo escalada por cordas, acampamento improvisado e ajuda de voluntários.
