O laudo preliminar sobre o acidente com o avião da Air India, que deixou 260 mortos, revelou que o fornecimento de combustível para os motores foi cortado segundos após a decolagem. A aeronave, um Boeing 787-8, decolou às 13h38 do aeroporto de Ahmedabad e caiu menos de um minuto depois. O documento divulgado nesta sexta-feira (11) aponta que os botões de distribuição de combustível foram desativados apenas três segundos após a decolagem.
Com os motores perdendo potência, a tripulação tentou reagir acionando a turbina de emergência e religando os botões dos motores. Mesmo assim, a altitude da aeronave começou a cair rapidamente. Um dos pilotos declarou emergência por rádio às 13h39, mas segundos depois os gravadores de voz e dados pararam de funcionar, indicando o momento do impacto.
Detalhes do que foi divulgado
A análise do combustível não apontou irregularidades, e os flaps estavam em posição compatível com a fase de decolagem, descartando falhas estruturais ou operacionais da aeronave. Por isso, a investigação agora se concentra no motivo do desligamento dos botões de combustível, ação considerada improvável de ocorrer por acidente.
O acidente aconteceu enquanto o avião seguia rumo ao aeroporto de Gatwick, em Londres. Durante a queda, a aeronave atingiu um alojamento de faculdade e casas vizinhas. Além das 231 vítimas a bordo, outras 29 pessoas morreram em solo. O único sobrevivente é um passageiro com cidadania britânica e indiana.
Companhia aérea não se manifestou
Após a tragédia, o governo da Índia determinou inspeções em todos os modelos Dreamliner operados pela Air India. A companhia ainda não se manifestou oficialmente sobre o relatório preliminar. A conclusão final da investigação ainda não tem data para ser divulgada.