O relatório preliminar da investigação sobre a queda do avião da Air India revelou um momento de tensão entre os pilotos segundos antes do acidente. De acordo com o documento, um dos comandantes questionou o colega na cabine sobre o motivo de o motor ter sido desligado, mas ouviu em resposta que o outro não havia realizado tal ação. O episódio ocorreu apenas três segundos após a decolagem da aeronave, um Boeing 787-8, que caiu no dia 12 de junho com 242 pessoas a bordo.
A sequência dos eventos indica que os botões de distribuição de combustível foram desativados 29 segundos antes do impacto, provocando a perda de potência dos motores. Mesmo com tentativas de reverter a situação e acionar uma turbina de emergência, os pilotos não conseguiram evitar a tragédia. Um chamado de emergência foi feito instantes antes da queda, mas a comunicação foi interrompida no momento em que o avião atingiu o solo.
Opinião de especialista
O especialista americano John Cox afirmou em entrevista ao g1 que os botões de combustível não podem ser desativados acidentalmente, o que levanta suspeitas sobre a real causa da falha. Ele reforçou que esses comandos exigem força e movimento intencional, o que torna improvável um erro casual por parte da tripulação.
As investigações também descartaram falha nos flaps, peças fundamentais para a sustentação da aeronave durante a decolagem. Segundo o relatório, os destroços indicam que os flaps estavam posicionados corretamente para o estágio do voo. O combustível analisado também foi considerado em boas condições, o que afasta a hipótese de contaminação ou problemas de abastecimento.
Acidente teve um único sobrevivente
A única pessoa que sobreviveu à queda foi um passageiro com dupla nacionalidade indiana e britânica. O avião colidiu com um prédio residencial e um alojamento universitário, matando também 29 pessoas em solo. A Air India ainda não se pronunciou oficialmente sobre os novos dados revelados pela investigação.