Dor e comoção: velório de menina que morreu em cânion é realizado em Curitiba e família toma decisão

Corpo de Bianca foi levado do Rio Grande do Sul para o Paraná em avião cedido pelo governo do estado.

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O corpo de Bianca Bernardon Zanella, de 11 anos, foi velado na manhã deste sábado (12), em Curitiba, em meio a muita comoção e silêncio por parte da família. O velório teve início por volta das 9h na Capela Vaticano, no bairro Bom Retiro. A cerimônia de despedida reuniu familiares, amigos e pessoas próximas que prestaram homenagens à menina. Após o velório, está prevista a cremação do corpo em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana da capital paranaense.

Bianca morreu após cair de um mirante no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha. O corpo foi resgatado na noite de quinta-feira (10) e transportado para o Paraná por meio de uma aeronave disponibilizada pelo Governo do Estado. A família, profundamente abalada, também chegou a Curitiba na noite de sexta-feira (11), em outro voo oficial, por volta das 19h.

Família tomou decisão 

Em respeito ao luto e à dor dos pais da menina, a família decidiu não dar declarações públicas. A decisão foi confirmada pela advogada Carolina do Rocio dos Santos, que representa os familiares. Ela afirmou que a opção de manter o silêncio neste momento visa preservar a privacidade e a saúde emocional dos pais e irmãos de Bianca, especialmente diante da brutalidade do ocorrido.

A advogada ainda explicou que Bianca era autista, com diagnóstico entre os níveis dois e três do Transtorno do Espectro Autista (TEA), e vivia com os pais e dois irmãos mais novos em Curitiba. Ela destacou o empenho da família em garantir uma vida plena para a menina. Segundo ela, os pais sempre lutaram por saúde, inclusão e dignidade para a filha, e agora enfrentam uma perda irreparável.

Repercussão e manifestação da advogada

A tragédia provocou grande repercussão e gerou manifestações de solidariedade em todo o país. No entanto, a família pediu que o momento seja respeitado com discrição. A advogada reforçou o apelo por empatia: “A família está completamente arrasada, como é de se imaginar. Nesse momento, a família pede solidariedade e a compreensão da sociedade brasileira”.