A morte da menina Bianca Bernardon Zanella, de apenas 11 anos, após cair de um mirante no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul (RS), reacendeu discussões sobre a segurança de visitantes em pontos turísticos naturais. A administradora do Parque Nacional da Serra Geral, onde fica o cânion, esclareceu que a família realizava um passeio autoguiado, sem o acompanhamento de guias credenciados.
De acordo com a concessionária Urbia, a prática é comum na região, já que a maioria das trilhas é autoguiada, mas o serviço de guia pode ser contratado diretamente pelos turistas, caso desejem. A empresa afirmou que sinalizações foram instaladas ao longo dos percursos para orientar os visitantes, principalmente em áreas próximas às bordas.
Polícia toma decisão após morte da menina
Segundo autoridades locais, Bianca se afastou dos pais enquanto o grupo se preparava para retornar à base. A mãe seguia à frente com os irmãos da menina, de 9 e 5 anos, enquanto o pai permaneceu com Bianca. Testemunhas relataram que a criança saiu correndo em direção à borda e, apesar de uma tentativa do pai de contê-la, não foi possível evitar a queda de aproximadamente 70 metros.
O laudo de necropsia apontou politraumatismo como causa da morte. A Polícia Civil tomou a decisão de instaurar um inquérito, informando que perícias adicionais serão realizadas para avaliar as condições de segurança no local.
Local do acidente é amplamente visitado no RS
Com 7,5 quilômetros de extensão, o Cânion Fortaleza é um dos principais cartões-postais da Serra Gaúcha, conhecido pelas imponentes paredes de pedra que lembram muralhas. Em nota, a administração do parque confirmou que o acesso ao cânion foi reaberto no último sábado (12), após o fechamento temporário para as investigações.