Em uma situação tida como extraordinária, a indiana Daljinder Kaur, com 72 anos, deu à luz seu primeiro herdeiro, Armaan, após passar por um processo de fertilização in vitro. A criança nasceu sem problemas de saúde, pesando 3,9 kg, e sua chegada causou grande repercussão mundial, reavivando debates sobre os limites morais da procriação assistida.
O episódio, ocorrido na Índia, envolveu Daljinder e seu esposo, Mohinder Singh, de 79 anos, que tentaram, por quase 50 anos, alcançar o sonho da paternidade sem sucesso. Motivados a concretizar esse desejo, o casal procurou uma clínica especializada e deu início ao processo de inseminação, mesmo com a idade avançada.
Tratamento iniciado aos 70 anos
Daljinder iniciou o processo de fertilização aos 70 anos, enfrentando dois ciclos sem êxito. No terceiro, contra todas as expectativas, conseguiu engravidar. A gestação foi monitorada por uma equipe médica especializada, levando em consideração os riscos da idade materna. O nascimento foi considerado um marco médico e causou grande comoção tanto local quanto internacional.
Enquanto uma parte da sociedade comemorou o nascimento como uma grande conquista da ciência médica e um símbolo de esperança para casais que enfrentam dificuldades de concepção, outro grupo questionou as consequências éticas e sociais de ter um filho em uma idade tão avançada. Especialistas alertam que, embora seja tecnicamente viável, a gravidez após os 60 anos envolve perigos consideráveis para a saúde da mãe e do bebê.
Renovação de propósito
O caso reforça a importância de analisar cada situação de forma individualizada, levando em conta os limites da ciência e o bem-estar da criança. Apesar das críticas, Daljinder afirma que a maternidade trouxe uma nova vitalidade e um sentido renovado à vida do casal, conforme relatado pela própria indiana.